EUPHORBIACEAE

Croton leptobotryus Müll.Arg.

Como citar:

Rafael Augusto Xavier Borges; Tainan Messina. 2012. Croton leptobotryus (EUPHORBIACEAE). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

VU

EOO:

607.195,80 Km2

AOO:

48,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

A espécie é endêmica do Brasil, ocorrendo nos Estado de Minas Gerais, Goiás e São Paulo (Cordeiro et al., 2012).

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2012
Avaliador: Rafael Augusto Xavier Borges
Revisor: Tainan Messina
Critério: B2ab(iii)
Categoria: VU
Justificativa:

<i>Croton leptobotryus</i> têm distribuição limitada às áreas de Floresta Estacional Semidecidual, com subpopulações conhecidas em menos de 10 situações de ameaça e com uma AOO menor que 2.000 km². Nessas áreas foram reportadas monoculturas de soja e formação de pastagens com gramíneas invasoras.

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Descrita originalmente na obra Fl. Bras. 11(2):155. 1873., a espécie é caracterizada pela glabrescência, estípulas triangulares; glândulas do pecíolo estipitadas e flores estaminadas pediceladas (Caruzo; Cordeiro, 2007).

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido

População:

Flutuação extrema: Sim

Ecologia:

Biomas: Cerrado
Fitofisionomia: Ocorre em Florestas Estacionais Semideciduais (Sobral et al., 2012) e florestas mesófilas do Brasil central e Sudeste (Caruzo; Cordeiro, 2007).
Habitats: 1.5 Subtropical/Tropical Dry, 2 Savanna
Detalhes: Planta subarbustiva, terrícola; ocorre em Florestas Estacionais Semideciduais (Sobral et al., 2012) e florestas mesófilas do Brasil central e Sudeste (Caruzo; Cordeiro, 2007), associadas ao Domínio Fitogeográfico do Cerrado (Cordeiro et al., 2012).

Ameaças (1):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
A degradação do solo e dos ecossistemas nativos e a dispersão de espécies exóticas são as maiores e mais amplas ameaças à biodiversidade do Domínio Fitogeográfico Cerrado. A partir de um manejo deficiente do solo, a erosão pode ser alta: em plantios convencionais de soja, a perda da camada superficial do solo é, em média, de 25 ton/ha/ano. Aproximadamente 45.000 km² do Cerrado correspondem a áreas abandonadas, onde a erosão pode ser tão elevada quanto a perda de 130 ton/ha/ano. O amplo uso de gramíneas africanas para a formação de pastagens é prejudicial à biodiversidade, aos ciclos de queimadas e à capacidade produtiva dos ecossistemas. Para a formação das pastagens, os cerrados são inicialmente limpos e queimados e, então, semeados com gramíneas africanas, como Andropogon gayanus Kunth., Brachiaria brizantha (Hochst. ex. A. Rich) Stapf, B. decumbens Stapf, Hyparrhenia rufa (Nees) Stapf e Melinis minutiflora Beauv. (molassa ou capim-gordura). Metade das pastagens plantadas (cerca de 250.000 km² - uma área equivalente ao Estado de São Paulo) está degradada e sustenta poucas cabeças de gado em virtude da reduzida cobertura de plantas, invasão de espécies não palatáveis e cupinzeiros (Klink; Machado, 2005).

Ações de conservação (1):

Ação Situação
1.2.1.3 Sub-national level on going
A espécie foi considerada "Extinta" (EX) em avaliação de risco de extinção empreendida para a flora do Estado de São Paulo (SMA-SP, 2002).